Atriz trans Hunter Schafer revela que seu passaporte agora a classifica como homem após ordem executiva de Trump
- George Michael
- 21 de fev.
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A atriz trans Hunter Schafer, conhecida por seu papel no drama da HBO “Euphoria”, publicou um vídeo em sua história no TikTok informando que precisou renovar seu passaporte, que havia sido roubado. No entanto, o novo passaporte classifica seu sexo como masculino, o que ela atribui à ordem executiva do presidente Donald Trump, que define o gênero de uma pessoa como masculino ou feminino, com base no que foi atribuído ao nascimento.
Fatos Principais
Schafer explicou que, apesar de ter escolhido “feminino” ao preencher a documentação, seu novo passaporte diz “masculino”. Todos os seus documentos anteriores, incluindo passaportes e carteiras de motorista, indicavam "feminino".
Ela citou o Escritório de Assuntos Consulares, que em seu site afirma que só emitirá passaportes com o marcador de sexo "M" ou "F", que correspondam ao sexo biológico no nascimento, e não utilizará mais o marcador "X" para pessoas não-binárias. Esta mudança se deve a uma ordem executiva assinada por Trump no primeiro dia de seu mandato, que define sexo como masculino ou feminino, de acordo com o nascimento.
A atriz criticou a administração Trump, afirmando que "nunca deixará de ser trans" e que "uma letra em um passaporte não pode mudar isso".
Schafer declarou que não postou o vídeo para receber consolo, destacando seu “privilégio como uma mulher trans celebridade branca”, mas para conscientizar sobre “outras mulheres trans que possam estar passando pela mesma situação”.
Contexto da Ordem Executiva
No primeiro dia do seu segundo mandato, Trump emitiu uma ordem executiva chamada “Defendendo Mulheres contra o Extremismo da Ideologia de Gênero e Restaurando a Verdade Biológica ao Governo Federal”. Essa ordem direcionou agências federais a reconhecer somente “dois sexos, masculino e feminino”, que “não são mutáveis” e estão baseados em uma realidade fundamental e incontroversa. Essa ordem também especifica que passaportes e outras formas de identificação devem refletir o sexo atribuído ao nascimento. Ela proíbe o uso de fundos federais para “promover a ideologia de gênero”, que define como “a ideia de que existe um vasto espectro de gêneros desconectados do sexo de uma pessoa”.
Citação Importante
“Eu não me importo que coloquem um 'M' no meu passaporte. Isso não muda realmente nada sobre mim ou minha identidade trans, mas torna a vida um pouco mais difícil”, disse Schafer, acrescentando que provavelmente terá que se identificar como trans para os agentes de fronteira durante suas viagens.
Desdobramentos
A ordem executiva de Trump que impede a alteração dos marcadores de gênero em passaportes já enfrenta desafios legais. Um grupo de pessoas trans, representadas pela União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU), processou o Tribunal Distrital dos EUA em Boston, alegando que a política discrimina indivíduos com base em sexo e status trans e infringe os direitos da Primeira Emenda à liberdade de expressão.
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