Sentença do TRE-SP contra Pablo Marçal é considerada "frágil" por especialista
- George Michael
- 21 de fev.
- 2 min de leitura
A recente decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), que declarou a inelegibilidade do ex-coach Pablo Marçal (PRTB) por oito anos devido a supostos abusos nas eleições de 2024, foi classificada como "frágil" por um especialista em Direito Eleitoral.

Contexto da Decisão
Marçal foi acusado de abuso de poder político, econômico e dos meios de comunicação durante sua campanha para a Prefeitura de São Paulo. A sentença, que o torna inelegível por oito anos a partir das eleições de 2024, ainda pode ser contestada em recurso.
Críticas à Sentença
Guilherme Barcellos, membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), analisou a decisão e expôs suas críticas:
Ausência de Abuso de Poder Político: Barcellos argumenta que não houve abuso de poder político, pois Marçal não detinha poder político para ser acusado. "Ele não poderia abusar do que não tinha", destacou.
Fragilidade nas Acusações de Abuso Econômico: A acusação de abuso de poder econômico foi caracterizada como "frágil". Barcellos criticou a menção a doações de R$ 50 mil, ressaltando que esse montante não é suficiente para desequilibrar uma eleição em uma cidade do porte de São Paulo.
Deficiências nas Alegações de Uso dos Meios de Comunicação: O especialista também criticou a falta de clareza quanto à arrecadação e ao alcance dos vídeos compartilhados por Marçal durante sua campanha. "A quantidade de compartilhamentos e visualizações não foi demonstrada, o que fragiliza a decisão", afirmou.
Consideração sobre o Uso das Redes Sociais
Embora Barcellos reconheça que o uso inadequado das redes sociais deve ser discutido, ele enfatiza que isso não justifica a inelegibilidade. Ele lembrou que influenciadores costumam apoiar candidatos sem que isso resulte em problemas legais, desde que não haja troca de conteúdo por doações.
Conclusão
Guilherme Barcellos destaca que a falta de individualização nas provas e a indefinição das alegações tornam a sentença contra Pablo Marçal vulnerável a reformas. Com isso, as expectativas são de que a decisão seja reavaliada em instâncias superiores.
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